22.6.07

Ua puosta subre la Trindade

Diç que la fiesta fui mui buona! Fui ne l sítio de l'antigamiente, que agora ye mais coincido pul lhargo de la ourdenha. Ye l sítio de la fuonte que dá nome a la aldeia, claro.
L chano de tierra batida anchiu-se de antremoços i copos de cerbeija, criou-se l ambiente todo. Pessoalmente, a mi gusta-me mais assi l chano an tierra batida, porque amortece las danças, i até dá pra jogar a la belharda quando nun haba fiesta! Mas pouca giente dançaba, la giente debia ter medo de se cagar, i las rapazas cun aquels saltos de agulha spetaban-se ne l chano i nun se mexian. Ua tierra de tanta tradiçon i poucos beiladores...
Çcubriu-se na miesma festibidade un solário del melhor que hai, digno de un SPA de categoria, tan buono tan buono que só trabalhou ua manhana, porque afinal era fuorte de mais.

7 comentários:

Carlos Luna disse...

PEÇO SOLIDARIEDADE AO MIRANDÊS !!!

UM LUGAR ONDE A LÍNGUA PORTUGUESA ESTÁ EM AGONIA
UM APELO EM NOME DA LÍNGUA PORTUGUESA
UM APELO EM NOME DA LÍNGUA PORTUGUESA (A PARTIR DE UM ESTUDO UNIVERSITÁRIO INDEPENDENTE, SURGE ESTE APELO !)
SALVAR O PORTUGUÊS EM OLIVENÇA
(inclui reflexões de um jovem local de 28 anos )
A História da sobrevivência da Língua Portuguesa em Olivença terá que ser feita um dia. Mais do que sobrevivência, é uma História de Resistência, dados a pressão e os condicionalismos vários, ainda muito mal estudados.
Em 1840, trinta e nove anos após a ocupação espanhola (1801), o Português foi proibido em Olivença, inclusivamente nas Igrejas. O combate contra a Língua de Camões já vinha de trás, todavia. Em 1805,as Actas da Câmara tinha começado a ser redigidas em Castelhano, o que fizera uma vítima, digamos que um mártir: Vicente Vieira Valério. Este, negando-se a escrever na Língua de Cervantes, teve de ceder o lugar a outro. E acabou por morrer à mingua de recursos, personificando um drama cujo desenvolvimento se processaria, geração após geração.
A lgumas elites forma aceitando o castelhano. O Português foi-se mantendo, teimosamente, principalmente a nível popular. Numa deliciosa toada alentejana, que logo as autoridades, vigilantes, classificaram como "chaporreo", palavra de difícil tradução (talvez "patois"; talvez "deturpação"), que criou complexos de inferioridade nos utilizadores, levando-os, cada vez mais, a usar a Língua Tradicional apenas a nível caseiro, dentro do aconchego do lar, em público, quase só por distracção, ou com amigos próximos.
O hábito e o amor-próprio levavam o oliventino a, quase constantemente, "saltar" do castelhano para o português. De tal forma que, depois de duzentos anos de pressão, ele é entendido e falado por cerca de, pelo menos 35% da população, segundo cálculos da União Europeia (Programa Mosaic).
Como sucede, contudo, neste casos, em qualquer ponto do Globo, o Português foi perdendo prestígio. Não sendo utilizado nunca em documentos oficiais, na toponímia (salvo se traduzido e deturpado), ou em qualquer outra situação que reflectisse a dignidade de um idioma, manteve-se, discretamente, por vezes envergonhadamente. A Televisão e a Rádio vieram aumentar a pressão sobre o seu uso e compreensão.
A Ditadura Franquista acentuou a castelhanização. Agora oficialmente, o Português era uma Língua de quem não tinha... educação! Uma Língua de Brutos, ou, como também se dizia, uma Língua Bárbara!
Não obstante, ela sobreviveu. Mesmo nas ruas, surgia e ressurgia, a cada passo... raramente na presença da autoridades. Mesmo algumas elites continuavam a conhecê-la, embora numa fracção minoritária.
Nas décadas de 1940, 1950, e 1960, era raríssimo, mesmo impossível em alguns casos, encontrar professores, polícias, funcionários em geral, que fossem filhos da terra oliventina, na própria Olivença. Colonizadores inconscientes, peões numa política geral de destruição das diferenças por toda a Espanha.
Se há ironias na História, esta pode ser uma delas. Alguns desses cidadãos "importados", com muito menos complexos que os naturais porque não tinham, quaisquer conflitos de identidade, ou os seus filhos, puseram-se a estudar os aspectos "curiosos", "específicos", da cultura oliventina! "Oliventinizados", por vezes até, ainda que ligeiramente, em termos linguísticos, acabaram por produzir trabalhos de valor sobre a cultura da sua Nova terra, que podem chamar para sempre, e sem contestações, de Terra Mãe, por adopção, por paixão, ou já por nascimento.
A Democracia deveria ter aberto novas perspectivas, masos fantasmas não desapareceram de todo. Alguns cursos de Português foram surgindo, com maior ou menor sucesso. Por vezes ao sabor de questões políticas, como durante a Década de 1990 por causa dos avanços e recuos no atribulado processo que levou à construção de uma nova Ponte da Ajuda o Guadiana, entre Elvas e Olivença (inaugurada em 11 de Novembro de 2001).
Em 1999/2000, continuando em 2000/2001, a Embaixada de Portugal em Madrid, e o Instituto Camões, passam a apoiar o apoiar o ensino do português no Ensino Primário em todas as Escolas de Olivença. Incluindo as Aldeias. Apenas Táliga, antiga aldeia de Olivença transformada no Século XIX em município independente, está ainda de fora deste projecto, para o qual foram destacados, primeiro três, depois quatro professores portugueses. Aproveite-se para dizer ser urgente acudir a Táliga, onde só 10% da população ainda tem algo a ver com a Língua de Camões. Urgentíssimo!
Tinha sido dado um primeiro e importante passo. Mas não se tem revelado suficiente. O Estado Português deverá tentar influenciar a tomada de outras medidas, dada até a sua posição sobre o Direito de Soberania sobre Olivença: o ensino da História (que não é feito em parte nenhuma em Olivença), por exemplo: a utilização prática da Língua, em documentos oficiais, toponímia, etc.; a continuação do Estudo do Português até níveis de ensino mais avançados; e tantas coisas mais que se poderiam referir!
Acima de tudo, é preciso dar ao Português dignidade... e utilidade. Descolonizar, pelo menos em termos psicológicos. Revalorizar o Português que sobrevive, o qual, por ser uma variante da fala lusa regional do Alentejo, é vítima de comentários pouco abonatórios. Deve-se "fazer a ponte" entre as velhas gerações e os jovens alunos. Ensinando-lhes, por exemplo, a partir de exemplos da velha poesia popular e erudita oliventina, no idioma de Camões, e que é ainda, graças a recolhas etnográficas e a alguns poetas populares vivos, suficientemente conhecida para tal. Porque, sem perceberem que estão a dar continuidade à cultura dos seus avós, os jovens oliventinos dificilmente compreenderão que aprender a língua lusa é muito diferente de aprender uma língua estrangeira (Inglês, Francês, Alemão). É preciso dizer claramente que o Português é imprescindível para que as novas gerações compreendam o que as gerações anteriores quiseram transmitir.
Exemplos de que não tem sido essa a perspectiva do Ensino do Português ora leccionado encontram-se, por exemplo, no facto de, durante algum tempo, ter-se considerado que continuar o Ensino do Português no Secundário, como sucede em Badajoz e noutros locais, poderia ser perigoso. Ridículo! Depois, tal foi levado a cabo, quase mais por insistência do Professor João Robles Ramalho, que de outra coisa. E, como o dito professor morreu, de repente, há uns meses... espera-se que tal não seja usado como desculpa para não se voltar a ensinar a língua a nível mais avançado. Haja esperança....
Mas a situação actual não é famosa. Há estudos que falam em "declínio do Português em Olivença", no seu uso coloquial. Como dizia um jovem oliventino (Junho de 2007), a este respeito, «isto é uma verdadeira tragédia; depois de pouco mais de 200 anos, o português vai desaparecer em Olivença; a alma dos povos é a lingua; a lingua é a memória, é tudo; em Olivença vam ficar sómente as pedras, as fachadas, do que foi o seu passado português; Nao há nada mais triste que conhecer que o fim vai chegar e ninguém fiz[fez] nada para evitá-lo; ninguém compreende que a morte do último luso-falante vai ser a morte da alma portuguesa, o fim de gerações falando português nas ruas, nas moradias, no campo oliventino, ao longo de mais de sete seculos?». E continua: «O artigo da senhora Fátima Matias explica perfeitamente as razoes e o contexto da agonia do português em Olivença; mas... agora ja nao há ditadura; Deveriamos ficar orgulhosos de ter esta riqueza linguística e procurar a defesa

e o ensino do português oliventino; (...) e, um pouco também, o Estado português é também responsavel; com independência de questões de índole soberanista, deveria implicar-se na promoção do português em Olivença e nao sómente não reconhecer [a soberania espanhola] e não fazer nada.»
Pode-se aplaudir o que se faz hoje, mas é imprescindível algo mais: faça-se um estudo do Português-Alentejano falado em Olivença, e ligue-se o mesmo ao Português-Padrão ensinado nas Escolas, de modo a fazer a ligação entre as gerações e produzir uma normal continuidade que deveria naturalmente ter ocorrido. Assim se corrigirá a distorção introduzida pela pressão do Castelhano. Este estudo pode ser feito por quem se mostre capaz de o fazer: portugueses, mas também alguns especialistas e linguistas extremenhos. A nenhum Estado (Portugal ou Espanha) se poderá perdoar deixar morrer uma cultura !
O Primeiro passo poderá ser um Congresso sobre o tema, que reuna a participação de especialists e autoridades das mais diferentes origens, unidos pela sua boa vontade...

Estremoz, texto actualizado em Junho de 2007
Carlos Eduardo da Cruz Luna

Anónimo disse...

Vamos lutar para que o Planalto Mirandês pertença a Zamora!!!
Viva Espanha!
Quem apoia?

Zzç disse...

you acho q l praino mirandés habie de pertenecer al Sri Lanka!
tenie mais pinta... i ls tsunamis yá nun mos apanhában. isso podie lhebar a q l goberno passassa para acá
HEHEHEH

manel disse...

I atão un cumantario sobre la fiesta de la Trindade, nó? Anda pr'eiqui un home a gastar l sou lhatin, para beniren uns e screberen ua carta sobre Oulibença. L marco de correio yê un cachico mais abaixo.
Pus la próxima posta que bou a screbir tamien nun bai a tener nada a ber cun agora! (Yá ides antander)

Anónimo disse...

>i las rapazas cun aquels saltos de agulha...

Bah tiempos modernos ! Ya que nien falan agora eimagina pra beilar...Spanholas son melhores, si LAS SPANHOLAS SON ME-LHO-RES !!!

(Se hai rapazas que eiqui nun cuncordan anton que s'amostran ha ber...)

manel disse...

hahaha! Tenes rezon, Tiêgui, las nuossas son mui paradas...
I acho que tamien nun hai rapazas a ber este blog, la mocidade de Fuonte Aldé yê quaisque só homes!

José Meirinhos disse...

Na Tindade inda deban tener aparecido uas "rolas" por alhá. You, cun muita pena mie nun puode star na fiesta, mas nun tengo dubedas que fui ua fiesta baliente. L problema ye que caien pormeiro ls caçadores que las rolas:) L bino ten destas cousas...